Persistência da memória
Bem onde agora é essa rua
entre as duas paineiras – e
tinha uma terceira bem ali –
ficava uma praça, sempre
que passo elas (as árvores
gigantes) me lembram
do caminho da escola
que fazíamos a pé
– ou então ficar olhando
pelo vidro as pessoas debaixo
esperando a chuva passar.
E encostado na da direita
tinha sempre um aleijado
vendendo chiclete e dando risada,
e nós desviávamos dele, primeiro
por medo e no fim por hábito
mais do que por medo.
E sempre nessa época
parávamos aqui para brincar
com a paina que brotava delas
e caía, atirando uns nos outros
a lãzinha branca e correndo.
Engraçado vê-las
florescendo agora
como todos os anos
e a gente passando,
sempre tão ocupados
no caminho do motel.
entre as duas paineiras – e
tinha uma terceira bem ali –
ficava uma praça, sempre
que passo elas (as árvores
gigantes) me lembram
do caminho da escola
que fazíamos a pé
– ou então ficar olhando
pelo vidro as pessoas debaixo
esperando a chuva passar.
E encostado na da direita
tinha sempre um aleijado
vendendo chiclete e dando risada,
e nós desviávamos dele, primeiro
por medo e no fim por hábito
mais do que por medo.
E sempre nessa época
parávamos aqui para brincar
com a paina que brotava delas
e caía, atirando uns nos outros
a lãzinha branca e correndo.
Engraçado vê-las
florescendo agora
como todos os anos
e a gente passando,
sempre tão ocupados
no caminho do motel.
3 Comments:
Legal mais um blog para eu visitar, parabéns pela iniativa.
Bjo
Ju.
Demorou pra ter um blog mas chegou em alto estilo. Essa história de ficar guardando tudo na gaveta já era. Abraço.
Acho esse poema muito bom
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