5.6.08

O espírito Anti-Poetry

Começou assim: como sempre, ana rüsche, personal penélope desavessada, lançou um primeiro grito - numa esperança quase humana de colher manhã. Foi o Concurso de Anti-Poetry para Coelhos-João. E passamos todos a pensar no que fazer, quando veio a idéia do gesto mais anti-poetry que consegui imaginar (o que, convenhamos, diz mais sobre mim do que sobre a anti-poetry).

Deu trabalho, mas traduzi para a língua portuguesa as 1272 palavras, 7641 caracteres, do maior palíndromo já escrito, por Georges Perec, do Oulipo, em 1969.

Fundado, claro, nos já cânones poundianos (da melopéia, logopéia e fanopéia, caso alguém possa ter esquecido ou ainda desconfie que não tenho acesso à Wikipédia).

Os chineses claro que um dia descobriremos que já haviam escrito um maior ainda, no fim da dinastia Qin, e então Perec terá que ser reinventado. Mas pelo momento, deve ser a primeira tradução de um palíndromo longo que o mundo já viu. Não é pouca coisa.

Não sei se a contribuição ao movimento anti-poetry é válida. Sei que pra mim está no espírito, e levanta vários problemas.


9691

EDNA D'NILU
O. MU. ACERE. PSEG ROEG


9691

EDNA D'NILU
O. MU. ACERE. PSEG ROEG




Trace l'inégal palindrome. Neige. Bagatelle, dira Hercule. Le brut repentir, cet écrit né Perec. L'arc lu pèse trop, lis à vice-versa.


Traça o palíndromo desigual. Neve. Bagatela, dirá Hércules. O bruto remorso, esse escrito nascido Perec. O arco lido pesa demais, lírio em vice-versa.




Perte. Cerise d'une vérité banale, le Malstrom, Alep, mort édulcoré, crêpe porté de ce désir brisé d'un iota. Livre si aboli, tes sacres ont éreinté, cor cruel, nos albatros. Etre las, autel bâti, miette vice-versa du jeu que fit, nacré, médical, le sélénite relaps, ellipsoïdal.


Perda. Cereja de uma verdade banal, o Malstrom, Alep, morto adocicado, crepe levado desse desejo rompida duma vírgula. Livro tão abolido, tuas sagrações alquebraram, trombeta cruel, nossos albatrozes. Estar lasso, altar erigido, migalha vice-versa do jogo que fez, lustrada, médica, o selenita relapso, elipsoidal.




Ivre il bat, la turbine bat, l'isolé me ravale: le verre si obéi du Pernod -- eh, port su ! -- obsédante sonate teintée d'ivresse.


Ébrio ele se agita, a turbina se agita, o isolado me lava : o vidro tão obedecido do Pernod – eh, porto sabido! - obcecante sonata pintada de embriaguez.




Ce rêve se mit -- peste ! -- à blaguer. Beh ! L'art sec n'a si peu qu'algèbre s'élabore de l'or évalué. Idiome étiré, hésite, bâtard replié, l'os nu. Si, à la gêne sècrete-- verbe nul à l'instar de cinq occis--, rets amincis, drailles inégales, il, avatar espacé, caresse ce noir Belzebuth, oeil offensé, tire !


Esse sonho se pôs – peste! - a sacanear. Beh! A arte seca não tem tão pouco que álgebra se elabore do ouro avaliado. Idioma estirado, hesita, bastardo redobrado, o osso nu. Sim, um embaraço secreto – verbo inútil à maneira dos cinco mortos –, redes magras, cordões desiguais, ele, avatar espaçado, acaricia esse negro Belzebu, olho ofendido, atira!




L'écho fit (à désert): Salut, sang, robe et été.


O eco fez (a deserto): Saudação, sangue, batina e verão.




Fièvres.


Febres.




Adam, rauque; il écrit: Abrupt ogre, eh, cercueil, l'avenir tu, effilé, genial à la rue (murmure sud eu ne tire vaseline séparée; l'épeire gelée rode: Hep, mortel ?) lia ta balafre native.


Adão, rouco; ele escreve: Abrupto ogre, eh, caixão, o futuro você, esgarçado, genial pela rua (murmúrio sul teve não tira vaselina separada; a aranha congelada lima: Hep, mortal?) ligou tua cicatriz nativa.




Litige. Regagner (et ne m'...).


Litígio. Reganhar (e não me ...)




Ressac. Il frémit, se sape, na ! Eh, cavale! Timide, il nia ce sursaut.


Ressaca. Ele se agita, se desgasta, nah! Eh, fuga! Tímido, ele negou esse sobressalto.




Hasard repu, tel, le magicien à morte me lit. Un ignare le rapsode, lacs ému, mixa, mêla: Hep, Oceano Nox, ô, béchamel azur ! Éjaculer ! Topaze !


Acaso satisfeito, tal, o mágico à morta me lê. Um ignaro o rapsodo, laço emocionado, mexeu, misturou: Hep, Oceano Nox, ô, béchamel azul! Ejacular! Topázio!




Le cèdre, malabar faible, Arsinoë le macule, mante ivre, glauque, pis, l'air atone (sic). Art sournois: si, médicinale, l'autre glace (Melba ?) l'un ? N'alertai ni pollen (retêter: gercé, repu, denté...) ni tobacco.


O cedro, brutamontes frágil, Arsínoe o macula, louva-a-deus bêbado, glauco, pior, o ar átono (sic). Arte sombria: sim, medicinal, o outro gelo (Melba?) um? Não alertei nem pólen (remamar: rachado, satisfeito, denteado) nem tabaco.




Tu, désir, brio rimé, eh, prolixe nécrophore, tu ferres l'avenir velu, ocre, cromant-né ?


Tu, desejo, brio rimado, eh, prolixo necróforo, tu ferras o destino hirsuto, ocre, nascido cromando?




Rage, l'ara. Veuglaire. Sedan, tes elzévirs t'obsèdent. Romain ? Exact. Et Nemrod selle ses Samson !


Fúria, a arara. Canhão. Sedan, teus elzevires te obcecam. Romano? Exato. E Nimrod sela seus Sansão!




Et nier téocalli ?


E negar teocali?




Cave canem (car ce nu trop minois -- rembuscade d'éruptives à babil -- admonesta, fil accru, Têtebleu ! qu'Ariane évitât net. Attention, ébénier factice, ressorti du réel. Ci-git. Alpaga, gnôme, le héros se lamente, trompé, chocolat: ce laid totem, ord, nil aplati, rituel biscornu; ce sacré bédeau (quel bât ce Jésus!). Palace piégé, Torpédo drue si à fellah tôt ne peut ni le Big à ruer bezef.


Cave canem (pois esse nu demais rostinho – remboscada de eruptivos a balbucio – admoestou, fio aumentado, Meudeus! Que Ariadne evitasse nítido. Atenção, ébano factício, saído do real. Aqui jazido. Alpaca, gnomo, o herói se lamenta, enganado, chocolate: esse feio tótem, horrendo, nilo aplainado, ritual bizarro; esse sagrado sacristão (que albarda esse Jesus!) Palácio-bomba, Torpedo espesso tão a fellah cedo não pode nem o Big a coicear bezef.




L'eugéniste en rut consuma d'art son épi d'éolienne ici rot (eh... rut ?). Toi, d'idem gin, élèvera, élu, bifocal, l'ithos et notre pathos à la hauteur de sec salamalec ?


O eugenista no cio consumiu da arte a espiga de eoliana aqui arroto (eh...cio?). Tu, de igual gim, criará, eleito, bifocal, o ithos e nosso pathos à altura de seco salamaleque?




Élucider. Ion éclaté: Elle ? Tenu. Etna but (item mal famé), degré vide, julep: macédoine d'axiomes, sac semé d'École, véniel, ah, le verbe enivré (ne sucer ni arreter, eh ça jamais !) lu n'abolira le hasard ?


Elucidar. Íon estourado: Ela? Sustentado. Etna meta (item mal-afamado), degrau vazio, remédio: macedônia de axiomas, saco semeado de Escola, venial, ah, o verbo embriagado (não chupar nem parar, eh isso jamais!) lido não abolirá o acaso?




Nu, ottoman à écho, l'art su, oh, tara zéro, belle Deborah, ô, sacre ! Pute, vertubleu, qualité si vertu à la part tarifé (décalitres ?) et nul n'a lu trop s'il séria de ce basilic Iseut.


Nu, otomano a eco, a arte sabida, oh, tara zero, bela Deborah, ô, sagração! Puta, maldição, qualidade tão virtude à parte taxada (decalitros?) e ninguém leu demais se seriou desse basilisco Isolda.




Il à prié bonzes, Samaritain, Tora, vilains monstres (idolâtre DNA en sus) rêvés, évaporés: Arbalète (bètes) en noce du Tell ivre-mort, émeri tu: O, trapu à elfe, il lie l'os, il lia jérémiade lucide. Petard! Rate ta reinette, bigleur cruel, non à ce lot ! Si, farcis-toi dito le coeur !


Ele rezou bonzos, Samaritano, Torá, vilões monstros (idólatra DNA a mais) sonhados, evaporados: Arbalesta (animais) em núpcia do Tell ébrio-morto, ilmerita tu: O, atarracado à elfo, ele liga o osso, ele ligava jeramíada lúcido. Fogos! Erra tua rainhazinha, olheiro cruel, não a esse lote! Sim, empanturre-se idem o coração!




Lied à monstre velu, ange ni bête, sec à pseudo délire: Tsarine (sellée, là), Cid, Arétin, abruti de Ninive, Déjanire. . .


Lied de monstro hirsuto, anjo nem animal, seco a pseudo-delírio: Tzarina (selada, aqui), Cid, Aretino, bruto de Nínive, Dejanira...




Le Phenix, eve de sables, écarté, ne peut égarer racines radiales en mana: l'Oubli, fétiche en argile.


A Phoenix, eva de areias, excluída, não pode perder raízes radiais em mana: o Olvido, fetiche em argila.




Foudre.


Raio.




Prix: Île de la Gorgone en roc, et, ô, Licorne écartelée, Sirène, rumb à bannir à ma (Red n'osa) niére de mimosa: Paysage d'Ourcq ocre sous ive d'écale; Volcan. Roc: tarot célé du Père.


Preço: Ilha da Górgona em rocha, e, ô, Licórnio desmembrado, Sereia, rumo a banir de ma (Red não ousou) nieira de mimosa: Paisagem de Urca ocre sob ajuga de casca; Vulcão. Rocha: tarô escondido do Pai.




Livres.


Livros.




Silène bavard, replié sur sa nullité (nu à je) belge: ipséité banale. L' (eh, ça !) hydromel à ri, psaltérion. Errée Lorelei...


Sileno falastrão, recurvado sobre sua estupidez (nu a eu) belga: ipseidade banal. O (eh, isso!) hidromel riu, saltério. Vagueada Lorelei...




Fi ! Marmelade déviré d'Aladine. D'or, Noël: crèche (l'an ici taverne gelée dès bol...) à santon givré, fi !, culé de l'âne vairon.


Ikh! Marmelada curvado de Aladine. De ouro, Noel: creche (o ano aqui taverna congelada desde bacia...) a santão geado, ikh!, fodido do burro vário.




Lapalisse élu, gnoses sans orgueil (écru, sale, sec). Saluts: angiome. T'es si crâneur !


Lapalisse eleito, gnoses sem orgulho (cor-crua, sujo, seco). Saudações: angioma. Seu fanfarrão!




. . .


***




Rue. Narcisse ! Témoignas-tu ! l'ascèse, là, sur ce lieu gros, nasses ongulées...


Rua. Narciso! Testemunhaste! a ascese, lá, sobre esse grande lugar, armadilhas unguladas...




S'il a pal, noria vénale de Lucifer, vignot nasal (obsédée, le genre vaticinal), eh, Cercle, on rode, nid à la dérive, Dèdale (M. . . !) ramifié ?


Se ele tem empalamento, moinho venal de Lúcifer, caracol nasal (obcecada, o gênero vaticinal), eh, Círculo, vagueamos, ninho à deriva, Dédalo (M...!) ramificado?




Le rôle erre, noir, et la spirale mord, y hache l'élan abêti: Espiègle (béjaune) Till: un as rusé.


O rol erra, negro, e a espiral morde, lá fatia o impulso embrutecido: Till (fedelho) Espertalhão: um ás malandro.




Il perdra. Va bene.


Ele perderá. Va bene.




Lis, servile repu d'électorat, cornac, Lovelace. De visu, oser ?


Lírio, servil satisfeito de eleitorado, mahout, Lovelace. De vista, ousar?




Coq cru, ô, Degas, y'a pas, ô mime, de rein à sonder: à marin nabab, murène risée.


Galo cru, ô, Degas, num tem, ô mímico, de rim a sondar: a marinho nababo, moréia risada.




Le trace en roc, ilote cornéen. O, grog, ale d'elixir perdu, ô, feligrane! Eh, cité, fil bu ! ô ! l'anamnèse, lai d'arsenic, arrérage tué, pénétra ce sel-base de Vexin. Eh, pèlerin à (Je: devin inédit) urbanité radicale (elle s'en ira...), stérile, dodu.


O traço em rocha, hilota corneano. O, rum, breja de elixir perdido, ô, filigrana! Eh, cidade, fio bebido! ô! a anamnese, lai de arsênico, dívida morta, penetrou esse sal-base de Vexin. Eh, peregrino de (eu: adivinho inédito) urbanidade radical (ella partirá), estéril, gordinho.




Espaces (été biné ? gnaule ?) verts.


Espaços (foi arada? cachaça?) verdes.




Nomade, il rue, ocelot. Idiot-sic rafistolé: canon ! Leur cruel gibet te niera, têtard raté, pédicule d'aimé rejailli.


Nômade, ele coiceia, onça. Idiota-sic remendado: lindo! Sua cruel forca te negará, girinó fracassado, pedículo de amado ricocheteado.




Soleil lie, fléau, partout ire (Métro, Mer, Ville...) tu déconnes. Été: bètel à brasero. Pavese versus Neandertal ! O, diserts noms ni à Livarot ni à Tir ! Amassez.


Sol liga, flagelo, por toda a parte ira (Metrô, Mar, Cidade) falas abobrinha. Verão: betel a brasero. Pavese versus Neandertal! O, eloqüentes nomes nem em Livarot nem em Tir! Ajuntem.




N'obéir.


Não obedecer.




Pali, tu es ici: lis abécédaires, lis portulan: l'un te sert-il ? à ce défi rattrapa l'autre ? Vise-t-il auquel but rêvé tu perças ?


Pali, estás aqui: lês abecedários, lês portulano: algum te serve? A esse desafio chegou o outro? Visa ele à meta sonhada que perfuraste?




Oh, arobe d'ellébore, Zarathoustra! L'ohcéan à mot (Toundra ? Sahel ?) à ri: Lob à nul si à ma jachère, terrain récusé, nervi, née brève l'haleine véloce de mes casse-moix à (Déni, ô !) décampé.


Oh, arroba de heléboro, Zaratustra! O ohceano de palavra (Tundra? Sahel?) ao rido : Chapéu em perna-de-pau sim à minha rotação de culturas, terreno recusado, capanga, nascido breve o hálito veloz de meus quebra-mozes a (Negação, ô!) retirado.




Lu, je diverge de ma flamme titubante: une telle (étal, ce noir édicule cela mal) ascèse drue tua, ha, l'As.


Lido, divirjo de minha flama titubeante: uma tal (banquinha, essa negra edícula isso mal) ascese dura matou, há, o Ás.




Oh, taper ! Tontes ! Oh, tillac, ô, fibule à reve l'Énigme (d'idiot tu) rhétoricienne.


Oh, bater! Depenadas! Oh, prancha, ô, broche, de sonho o Enigma (de idiota tu) retoriciana.




Il, Oedipe, Nostradamus nocturne et, si né Guelfe, zébreur à Gibelin tué (pentothal ?), le faiseur d'ode protège.


Ele, Édipo, Nostradamus noturno e, se nascido Guelfo, zebrador de Gibelino morto (pentotal?), o fazedor de ode protege.




Ipéca...: lapsus.


Ipecuacanha...: lapso.




Eject à bleu qu'aède berça sec. Un roc si bleu ! Tir. ital.: palindrome tôt dialectal. Oc ? Oh, cep mort et né, mal essoré, hélé. Mon gag aplati gicle. Érudit rossérecit, ça freine, benoit, net.


Eject de azul que aedo ninou seco. Uma rocha tão azul! Tiro. ital. : palíndromo cedo dialetal. Oc? Oh, cepa morta e nascida, mal impulsionada, gritada. Meu gag aplainado se retira. Erudito rossorrelato, freia, bento, limpo.




Ta tentative en air auquel bète, turc, califat se (nom d'Ali-Baba !) sévit, pure de -- d'ac ? -- submersion importune, crac, menace, vacilla, co-étreinte...


Tua tentativa no ar ao qual besta, turco, califado se (nome de Ali-Baba!) sevicia, puro de – certo? – submersão inoportuna, crash, ameaça, vacilou, co-asfixiada...




Nos masses, elles dorment ? Etc... Axé ni à mort-né des bots. Rivez ! Les Etna de Serial-Guevara l'égarent. N'amorcer coulevrine.


Nossas massas, elas dormem? Etc...Orientado nem a natimorto dos tortos. Pregai! Os Etna de Serial-Guevara o desnorteiam. Não carregar culebrina.




Valser. Refuter.


Valsar. Refutar.




Oh, porc en exil (Orphée), miroir brisé du toc cabotin et né du Perec: Regret éternel. L'opiniâtre. L'annu- lable.


Oh, porco no exílio (Orfeu), espelho rompido do toc cabotino e nascido do Perec : remorso eterno. O opiniatra. O anulável.




Mec, Alger tua l'élan ici démission. Ru ostracisé, notarial, si peu qu'Alger, Viet-Nam (élu caméléon !), Israël, Biafra, bal à merde: celez, apôtre Luc à Jéruzalem, ah ce boxon! On à écopé, ha, le maximum


Cara, Alger, matou o impulso aqui demissão. Córrego ostracizado, notarial, tão pouco que Alger, Viet-Nam (eleito camaleão!), Israel, Biafra, baile de merda: cala, apóstolo Lucas em Jeruzalém, ah essa zona! Tomamos todas, ha, o máximo




Escale d'os, pare le rang inutile. Métromane ici gamelle, tu perdras. Ah, tu as rusé! Cain! Lied imité la vache (à ne pas estimer) (flic assermenté, rengagé) régit.


Escala de osso, orna a fileira inútil. Metrômano aqui bacia, perderás. Ah, roubaste! Caim! Lied imitada a vaca (a não estimar) (gambé jurado, realistado) rege.




Il évita, nerf à la bataille trompé.


Ele evitou, nervo na batalha enganado.



Hé, dorée, l'Égérie pelée rape, sénile, sa vérité nue du sérum: rumeur à la laine, gel, if, feutrine, val, lieu-créche, ergot, pur, Bâtir ce lieu qu'Armada serve: if étété, éborgnas-tu l'astre sédatif ?


Hê, dourado, a Egéria depenada rala, senil, sua verdade nua do soro: rumor à lã, gel, teixo, feltro, vale, lugar-manjedoura, espora, puro, Construir esse lugar que Armada serve: teixo podado, descascaste o astro sedativo?




Oh, célérités ! Nef ! Folie ! Oh, tubez ! Le brio ne cessera, ce cap sera ta valise; l'âge: ni sel-liard (sic) ni master-(sic)-coq, ni cédrats, ni la lune brève. Tercé, sénégalais, un soleil perdra ta bétise héritée (Moi-Dieu, la vérole!)


Oh, celeridades! Nave! Loucura! Oh, entubai! O brio não cessará, esse cabo será tua valise; a idade: nem sal-vintém (sic) nem mestre-(sic)-galo, nem cidra, nem a lua breve. Terceado, senegalês, um sol perderá tua burrice herdada (Eu-Deus, a varíola!)




Déroba le serbe glauque, pis, ancestral, hébreu (Galba et Septime-Sévère). Cesser, vidé et nié. Tetanos. Etna dès boustrophédon répudié. Boiser. Révèle l'avare mélo, s'il t'a béni, brutal tablier vil. Adios. Pilles, pale rétine, le sel, l'acide mercanti. Feu que Judas rêve, civette imitable, tu as alerté, sort à blason, leur croc. Et nier et n'oser. Casse-t-il, ô, baiser vil ? à toi, nu désir brisé, décédé, trope percé, roc lu. Détrompe la. Morts: l'Ame, l'Élan abêti, revenu.


Afanou o sérvio glauco, pior, ancestral, hebreu (Galba e Sétimo Severo). Cessar, esvaziado e negado. Tetano. Etna desde bustrofédon repudiado. Bosquear. Revela o avaro drama, se ele te benzeu, brutal avental vil. Adiós. Tu pilhas, pálida retina, o sal, o ácido mascate. Fogo que Judas sonha, cebolinha imitável, tu alertaste, destino brasonado, seu gancho. E negar e não ousar. Ele quebra, ó, beijo vil? a ti, nu desejo rompido, falecido, tropo perfurado, rocha lida. Desiluda-a. Mortos: a Alma, o Impulso embrutecido, revindo.




Désire ce trépas rêvé: Ci va ! S'il porte, sépulcral, ce repentir, cet écrit ne perturbe le lucre: Haridelle, ta gabegie ne mord ni la plage ni l'écart.


Deseje esse falecimento sonhado: Isso vai! Se ele porta, sepulcral, esse remorso, este escrito não perturba o lucro: Pangaré, teu desperdício não morde nem a praia nem a distância.